sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Hoje era daqueles dias em que escreveria um grande texto sobre ti.
Mas como sei que nem isto vais ler, fica apenas registado que passei o dia a pensar em ti.

Some things never change.



Iz

sábado, 20 de agosto de 2011

the final one

" Nunca me deixes. nunca nos deixes perder a nossa amizade, aquilo que temos. nunca, mesmo que não nos vejamos todos os dias, mesmo que pareça dificil, mesmo que eu pareça não entender, mesmo que não me queiras explicar mais. nunca te feches para mim porque quando isso acontece eu fecho-me para o mundo e fica apenas a angústia.
nunca te passe pela cabeça que eu me afasto de ti, que eu estou chateada, que me canso de ti. garanto-te que isso nunca acontecerá, (sim, eu sei que por vezes sou uma grande parva) mas eu nunca me consigo chatear com pessoas que considero serem mesmo melhores amigas. e nunca me afastarei de ti, porque por ti eu nutro um amor incondicional, daqueles que só não durará para sempre, se tu não quiseres, se tu mudares. porque eu luto. eu luto pelas amizades acima de tudo e por tudo. e apesar de isso por vezes parecer só me trazer desilusões, eu continuo a acreditar. e eu acredito em ti.
eu não preciso desses silêncios, eu não sou dessas pessoas. porque se tu és das minhas pessoas de elite, tu compreender-me-às, e mal ou bem acabarás por me ajudar. e eu partilho, porque acho que é um direito dessas pessoas também. não há razão para chamares uma pessoa de melhor amigo se não for a pessoa a quem recorres quando precisas, se não tiveres a capacidade de desabafares T-U-D-O com ela. senão seriamos todos os melhores amigos de nós mesmos e nada mais era preciso. melhor amigo não é só um nome bonito que se dá às pessoas nas redes sociais. melhor amigo é uma coisa que nos trancende como pessoas individuais. melhor amigo é o nosso eu exterior, e a companhia que precisamos sempre e com que contamos sempre. é o tipo de pessoa que tem o dever e o direito de estar sempre lá para nós. e não lhe devemos, não podemos vedar-lhe esse direito. não há espaço pessoal para um melhor amigo, esse é exactamente o seu espaço.
e por estes e todos os outros motivos, não, eu não me vou afastar, não te vou magoar e não contes que isso aconteça alguma vez. mesmo que a maioria das pessoas na tua vida to tenham feito, acredita ♥ adoro-te "

domingo, 22 de maio de 2011

Não contes a ninguém

"Olá, eu sou a pessoa X e tu és a pessoa Y, muito prazer em conhecer-te.", "Gosto muito desse teu ar atrapalhado e de bem com a vida", "O meu número é o Z, o teu é o K e vamos trocar toneladas de mensagens".
Ok, admitamos que nunca houve e muito provavelmente não vai haver este tipo de conversa entre nós, mas é isso mesmo que torna todo o envolvimento ainda mais estranho. Não há nenhum "bom dia" e muito menos um "boa tarde" dito e deus nos livre de alguma troca de olhares que pudesse haver, que descalabro. Mas apesar de tudo e talvez até por tudo isto, fazes-me gostar de ti. Contra toda a minha natureza. Sem eu estar à espera. Apareces e desapareces e cortas-me a respiração e qualquer tipo de reacção que eu pudesse ter. Fazes-me perder a minha tão importante "locustura" e aquele tão habitualmente forte coração liberta-se das amarras que o mantêm no lugar e acelera qual carro de fórmula 1. E eu nem pareço importar-me. Essa tua atitude desligada, não quero saber de ti, vou fugir porque não me apetece enfrentar-te, que antes seriam mais que motivo para eu fazer troça de ti e chamar-te menino, agora não são mais que razões para continuar à deriva sem entender nada do que vem de ti. Sim, odeio o facto de não te entender, de não conseguir analisar-te e a partir daí conseguir dosear a minha atitude. Odeio o facto de por isso mesmo me manteres à espera, de me acalentares a esperança e de me queimares o pensamento tão facilmente como se de uma folha de papel se trata-se.
E eu não sei sair daqui, não sei se quero sair daqui.
Damn you, uma resposta, um sinalzinho não custava nada e ao menos ajudava a libertar-me desta bipolaridade que me deixa com os receptores nervosos à flor da pele.

E não contes a ninguém, que eu também não to contarei a ti.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Insignificâncias

 Um dia em que há festa, música, álcool, rapazes, raparigas, tudo o que a atmosfera académica tem obrigatoriamente, todo aquele aroma é essencial, ali, naquele lugar, naquela cidade, naquela hora.  
 A música faz-se ouvir e os músculos do corpo pedincham, ansiosamente, movimento em passos de dança sejam eles lentos ou rápidos, acompanhados ou sozinhos. A noite vai longa e aquele mundo parece não ter limite, no entanto o corpo e a mente já demonstram sinais vitais de que se encontram a enfraquecer. Esses sinais vitais começam a voltar mais que ao normal, porque o órgão que nos exibe o mundo real se depara com a verdadeira realidade social, e o coração acelera descompassadamente levando a que o pensamento voe para um terceiro mundo. Os olhos não vêem mais do que umas barbas sujas a surgir por entre uns cobertores disfarçados de cartões de papel e a única música que naquele momento surge nos ouvidos são moedas a tilintar na calçada de Lisboa, moedas, essas, exclusivas de um mundo muito distante do real.
Isto faz pensar que o Universo é injusto.
 Há quem se queixe de coisas como, sopa ao jantar, ou então, porque os sapatos fazem bolhas nos pés, ou ainda até, uma mesquinhice maior, existe uma unha que está pintada com um tom mais intenso do que outra, e depois para que servem estas queixas, quando existem pessoas que dariam tudo para ter uma sopa na mesa, para ter bolhas nos pés por causa dos seus novos sapatos ou umas simples unhas limpas?
 De que serve um dia de primavera, onde todas as flores dão cor às ruas e o sol as ilumina, se existem pessoas que o vêem a preto e branco?
 De que servem as palavras, se a casa está deserta?

    


quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Sábio e a Borboleta

Havia um pai que morava com as suas duas jovens filhas, umas meninas muito curiosas e inteligentes. Elas faziam sempre muitas perguntas. Algumas, ele sabia responder. Outras, não fazia a mínima ideia da resposta. Como lhes pretendia oferecer a melhor educação possível, mandou-as passar as férias com um velho sábio que morava no alto de uma colina.
Este, por sua vez, respondia a todas as perguntas sem hesitar. Já muito impacientes com a situação, pois constataram que o tal velho era realmente sábio, resolveram inventar uma pergunta que ele não soubesse. Passaram-se alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e exclamou para a sua irmã: "Desta vez o sábio não vai saber a resposta!". "O que vais fazer?", perguntou a outra menina. "Tenho uma borboleta azul nas minhas mãos. Vou perguntar ao sábio se a borboleta está viva ou morta. Se ele disse que ela está morta, vou abrir as minhas mãos e deixá-la voar para o céu. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la rapidamente, esmagá-la e, assim, matá-la. Como consequência, qualquer resposta que o velho nos der e vai estar errada."As duas meninas foram, então ao encontro do sábio, que estava a meditar sob um eucalipto na montanha. A menina aproximou-se e perguntou se a borboleta na sua mão estava viva ou morta.
Calmamente, o sábio sorriu e respondeu: "Depende de ti. Ela está nas tuas mãos."

domingo, 17 de abril de 2011

It´s your hair and your eyes today, that just simply take me away.


Iz

Tesouras e laços

Devolve-me os laços, dizia a música entoada há tempos atrás. Devolve-me os laços, quiçá aqueles que um dia me tiraste ou aqueles que rasgaste por mero capricho, quiçá aqueles que querias fazer mas reprimiste. Ou então eras, ou és, muito pequenino sequer para fazer laços. Mas, ironia da voragem do tempo, não quero devoluções. Não quero os teus laços, até porque são ainda muito meninos, muito azuis e já nada disso me apraz grande desejo. Podes pegar em todos os metros de fita que agora te apetece gastar comigo e dar-lhes alguma utilidade, fazer algo de jeito. Mas fazer mesmo, não o teu querido diz que faz, diz que acontece, porque isso a mim não me vale mais que umas gargalhadas.E quanto a isso já tenho quem me complete.
Olha, podes fazer um belo arranjinho com eles e cortá-los com uma grande tesoura. Mas, agora que te ensinei a fazer laços, ou que finalmente te apercebeste que só comigo fazes laços decentes, não tens tesoura.  Não tens tesoura porque eu não ta dei, sabes bem que tudo o que dou é com contra peso e medida, nada é ocasional. Tesoura, que é bom, guardei para mim. Por isso é que agora te encontras nesse emaranhado que te deixei e ninguém mais sabe desatar ou cortar esses nós.
Não tens tesoura nem sabes cortar. E não consegues cortar os mil laços que tenho à minha volta e que não te envolvem e nem sequer te dizem respeito. E nem nada sabes a seu respeito. Porque, grande vantagem minha, não vivo para mostrar. Adoro o facto de a tua vulnerabilidade te fazer mostrar que, enquanto que a minha reactividade não necessita de. Eu sei o que faz e acontece e, no cerna da questão, é isso que importa. Quanto ao resto, já percebi a que tenho direito e ao que me apetece dar, e não é de todo, aos teus tão recentes e imaturos laços.


Iz

Regulador de ebulição


 Sim, reajo facilmente, tenho um coração facilmente inflamável e provoco ebulições tumultuosas várias vezes por semana. Tenho, por vezes, um comportamento estranho e difícil de prever e nem toda a gente sabe lidar com o meu carácter anfólito. 
Mas sabes, no final do dia, tu és a minha pedra pomes.


Iz

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Iz

quarta-feira, 13 de abril de 2011

domingo, 10 de abril de 2011

Lazy Sunday

O Sol brilhou e o dia esteve propício a um belo passeio à Vila, no entanto hoje a ronha falou mais alto e é tão dificil quando ela faz isto..
Filmes. Gelado. Música. Passos de Dança. Cirrose.
Tudo se resume a pouco.



"Today I don't fell like doing anything
I just wanna lay in my bed"

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Come fly away


Já deste provas que me consegues calar de uma forma que desconhecia seres capaz. Já mostraste que me percebes, que entendes todos os meus metaforicamente falando e as minhas queridas meias palavras. Já, e nem sei bem como. Porque a única coisa que era suposto saberes de mim era o nome e pouco mais. Mas não, olhas para mim e reparas, apercebes-te, e sabes. E eu admito gostar dessa tua presença distante mas tão estranhamente perto de mim.

Por isso, querido pássaro, eu sei que estás a voar e bem longe até, mas vem para a minha mão e voa comigo.

Iz

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Príncipe num cavalo branco

Caro príncipe e seu tão intitulado cavalo branco, quem és tu ? Porque fazes questão de asolar a mente e os sonhos das meninas, fazendo-as ficar desesperadas pela tua chegada e mais, acreditando piamente que um dia isso irá acontecer ? 
Nunca entendi esse teu egocentrismo, o facto de achares que realmente és digno de todo este desejo que existe à tua volta. Nunca entendi nada vindo de ti, o porquê de teres um cavalo, um cavalo branco, o porquê de seres um príncipe, que toda a gente sonha ser lindo e maravilhoso e sentimental e ridiculamente perfeito. Nunca entendi porque nunca te vi, e eu gosto de ver, não gosto de me ficar pela imaginação. Porque a imaginação é uma coisa muito ponderada, muito tem-de-ser-assim-para-ser-perfeito, e tem muitas lacunas porque isso raramente acontece. Não gosto de tem-de-ser, gosto de pode-ser. Nós nunca estabelecemos contacto visual, nunca me fizeste ficar estranhamente sem palavras e nunca me fizeste corar subitamente sem dar por isso. E sinceramente, acho que serias muito mais encantador se fosses um trovador ou um mero bobo da corte. A muitos dos príncipes que aí vagueiam falta o chá e ao menos os trovadores sabiam tocar música e os bobos têm lata e a desinibição que muitas vezes aprecio. Quanto a esse teu cavalo branco, podia ter uns longos bigodes e uma brilhante pelagem negra e tornar-se numa pantera, que seria muito mais convincente. A pantera tem garras que te podem rasgar em pedaços e tem uma atitude completamente exótica, faz o que quer, nunca sabes o que podes esperar dali. Esse teu cavalo tem cascos que são previsíveis e muito fáceis de domar e o mais exótico que pode fazer é relinchar de vez em quando. E todos sabemos qual dos dois nos dá vontade de.
Por isso, príncipe com um cavalo branco, desce à terra e deixa as pobres meninas decidirem se preferem um bobo ou um rei, um príncipe bastardo ou uma outra coisa qualquer. E até podem não ter sequer preferência. Não as obrigues a lutar ou esperar por ti, porque sabes bem que o teu lugar pode ser de qualquer um, desde que elas não estejam tão obcecadas a tentar preencher requisitos que tu predeterminaste. E aí perdem, perdem mesmo.


Iz

domingo, 27 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Com ou sem capota

Quando quiseres, quando puderes, quando precisares e até quando não precisares. 
É assim que me tenho dado e até tem surtido efeito. No worries e no pressure. Nunca fomos um prazo nem uma data de validade e nunca fomos muito de sonhar e concretizar. Com o tempo aprendemos que "to do lists" não resultam muito connosco porque gostamos de realizar o que ainda não foi pré-definido, e portanto ficamo-nos pelo concretizar, mesmo que por vezes não percebamos bem o quê. Sabemos que o amanhã "logo se vê" e porque há sempre possibilidade de planos furados pelo caminho e talvez seja isso que nos tem arrastado para tão longe sem deixar que os laços se percam a meio.
Sei que por vezes não gostas desta minha forma destemida de te encarar, de te fazer cair no real e dos sustos que te prego sempre que me apetece. Sei que te arrepiam as palavras que digo da boca para fora, quando pareço não ter medo de uma volta de 180º ou quando sou o "gigante da pedra, e a mim ninguém me pode tocar". Mas sei que te habituaste ao mistério, às contradições, ao indirectamente falando e às minhas tão queridas meias-palavras. E sei que, mesmo quando não quero admiti-lo, me conheces bem, muito bem.
Sei que te mudei, sei que te deixaste mudar. Sei que cedeste a caprichos e me fizeste acreditar que ganho sempre todos os braços de ferro mesmo quando não é bem assim, mesmo quando tinhas força para me calar e deixar imóvel. Não o fizeste. E não o fazes. E eu gosto dessa tua forma ténue de me deixar ganhar, dessa tua forma descontraída de me encarares e da ligeireza com que recebes todas as minhas idiotices. Os meus dias estupidamente apaixonantes e os estupidamente gelados. Como num carro descapotável, onde nos dias frios a capota está fechada e nos que o sol brilha a capota está aberta.
E eu gosto de ti. Não aprendi a gostar, não foi com o tempo e não foi pensado. E estou bem, bastante bem, diga-se.
Gosto de acreditar que é esta descontracção, este gelo de vez em quando, que nos acabou por trazer até aqui e verdade seja dita, sem muitas chatices pelo meio. Porque aprendi que por vezes é preciso chover e fazer frio para no dia seguinte fazer sol e notarmos diferença, e darmos valor a essa diferença. Porque para mim um mundo em que faz sempre sol e é sempre tudo maravilhoso não é mundo, nem sequer é nada. Por isso deixa-me continuar com as minhas manias irritantes e com todas as minhas ideias ao contrário. Porque, no fim do dia, para ti é com ou sem capota.



Iz

sábado, 19 de março de 2011

Let me know




Eu sei que esta música é tua, mas logo de manhã ela tocou no gym e lembrei-me de ti. Sim, eu sei, gostas de aparecer todos os dias, sempre de uma forma diferente. És irreverente, pronto !
Mas, como não poderia deixar de ser, hoje percebi que também se adequa a mim, pelo menos por agora. E por isso apeteceu-me deixar aqui uma libertação de ideias:

Odeio o facto de me fazeres ficar estupidamente esperançosa só com essa tua estranha, chamemos-lhe, simpatia. Odeio o facto de não entender uma única coisa vinda de ti, de não te conhecer, e de não saber o que estás a pensar, como consigo fazer com todas as outras pessoas. Odeio o facto de não saber se isto és tu, se brincas comigo ou se emites sinais.
És um cluedo. Nunca joguei e por isso não faço ideia como se interpreta as pistas, como se lida com o jogo e não faço ideia de como chegar ao resultado final. És um cluedo, e eu adoro a forma como o tens sido nos últimos dois dias. 
Tenho dito.


Iz

terça-feira, 15 de março de 2011

Maneater


Maneater, 
É tudo o que me apraz dizer sobre as minhas últimas semanas, e gosto.


Iz

quarta-feira, 9 de março de 2011

É tudo uma questão de vermelho

Um sofá vermelho nunca é só um sofá vermelho. Tem mística, tem significado, mexe connosco. Ninguém fica indiferente a um sofá vermelho, digo eu, talvez por isso se adequar a mim mesma. Talvez por não conseguir ficar bem com isso, talvez por apesar de já o ter interiorizado mil vezes, ele continuar a vir à tona e a deixar-me insegura cada vez que o encontro. Apesar de já ter repetido baixinho imensas vezes que não foi nada, que já passou e que não tem importância, a verdade é que tem. A realidade é que ele foi tudo e tentando igualar ambas as partes da equação, tudo o que eu te posso dar é nada. Nada a acrescentar, nada a fazer, nada a marcar. É vermelho, como não poderia ter importância. Como poderia ficar bem, quando é marcante, quando foram tantas vezes, tanto tempo e tão bom.
E hoje, sinal dos sinais, dei de caras não com um nem com dois, mas com imensos sofás vermelhos. Deve ser moda agora, ou então estavam ali só para me atormentar. Ou então estava só na secção dos sofás, e tudo o resto foi drama e racionalização a mais. Mas não consigo, não sei porque, não consigo lidar bem com isso. Talvez por saber que ela tinha um sofá vermelho. Porque tu já tiveste um sofá vermelho para ti. E esse sofá era como uma brincadeira de crianças, um carrossel de ideias, onde nem moedas havia, a viagem era grátis e longa e podias andar as vezes que quisesses. E não havia rotina, não havia falta de sentimentos, não havia cansaço nem tão pouco faltava a preocupação e o sentimento. E gostaste, e ainda hoje te lembras dele. E agora mudaste, e eu não sei se te achas e sentes melhor assim, não sei se acredito em ti. Talvez por não querer ou não me deixar acreditar que comigo estás bem, por me fazer confusão, por ter um certo gosto masoquista que me prende a isso, que me faz falar disso e me dói e me magoa.
Um sofá vermelho. Com tudo o que englobou, mais ainda, com tudo o que ainda engloba. Para mim. O quão insuficiente ou ineficaz me faz sentir. O quão pequenina me faz sentir, o quão insegura me deixa. E eu não devia saber, eu não devia saber que houve um sofá vermelho, eu não queria saber, não me devias ter deixado saber, não me devias deixar ficar assim. Devias mentir-me, devias saber o que quero ouvir e devias deixar-me bem, quando a única coisa que me sabes dizer é que é passado, e está enterrado e que tudo mudou. Mas não dizes para melhor. Não dizes que estás melhor, não dizes que sou melhor, não dizes que me preferes e que não trocavas isto por nada deste mundo. Não dizes que preferes o meu sofá verde, o meu edredon cor-de-rosa e o meu cortinado amarelo. E por isso, sem saber bem porque, agora tenho o quarto cheio de acessórios vermelhos. Caixas, candeeiros, cortinados, edredons. Falta o sofá.
Lição de hoje, um sofá vermelho é sexy.




Iz

terça-feira, 8 de março de 2011

Os pés da cama

Gosto de perder as meias.


Iz


Tu és um bom dia

Tu és um bom dia. Tu começas com um raio de sol a espreitar pela janela, por entre as freixas do estor, sem pedir autorização, rebelde como tu, livre e audaz. Tu és um dia bonito, com um café e uma torrada ao pequeno-almoço, como se de gente grande já se tratasse. És água no rosto e escova no cabelo, mesmo que este nunca se encontre muito desalinhado, a contrastar com o teu, em desalinho completo e com vida própria. Tu és uma quinta-feira com uma aula de bodybalance logo pela manhã, para ajudar a ganhar energia, para ajudar a clarear as ideias e a tomar gosto pelo dia que nos espera. Tu és um bom almoço, um almoço que, apesar de à pressa, carrega consigo a ansiedade de te ver. És um dia tão bom, que nem é necessário muito tempo para escolher a roupa, como se qualquer coisa assentasse bem, como se isso nem sequer importasse. Tu és um dia com um brinco especial, com um significado especial e com memórias referentes a bata e aulas de laboratório. Tu és uma ida de camioneta, uma ida de metro e uma espera perto da loja de cidadão. E apesar de não gostar de andar sozinha, nesse dia nem isso me incomodou, por tu seres também um dia com presença constante. Tu és uma chamada a perguntar onde estás, com as saudades a aflorar a pele, com um reviver, com a falta que me fazes. Tu és um abraço, tu és um não me deixes, preciso de ti, tenho tantas saudades tuas e nada sem ti é igual, dito em três segundos em silêncio. Tu és um caminhar, uma necessidade de perguntar como estás, um querer saber tudo, um sentir falta de partilhar todos os segundos. És um querer-te ouvir sem nunca me cansar. Tu és um senhor com uma guitarra a uma mala aberta com moedas a tocar música à beira da água, músicas que me dizem tanto que nem sei explicar. Tu és uma senhora a pedir-me para tirar uma foto. Tu és outra senhora a pedir-te para tirar uma foto, sim, porque não me podia ficar a rir de ti, se eu tirei, tu também tens de tirar. Tu és um sentar na areia, uma conversa sincera, um "estás tão crescida", uma flor dada, uma história contada e um conjunto de vivências marcantes. Tu és um desabafar, um tirar o peso de cima das costas, um saber que posso contar contigo nem que tenha feito o maior erro de todos, e melhor ainda, tu saberes exactamente o mesmo, sem eu precisar sequer de to dizer. Tu és uma senhora a olhar e uns cães com energia a mais a atiraram areia para tudo e todos. Tu és um até já, porque dias destes têm sempre uma grande noite a acompanhar. Tu és uma noite na Kapital, com uma grande fila e uns grandes empurrões à mistura. Tu és um assumir de um compromisso, um interiorizar uma nova etapa, um acreditar que estou bem assim. Tu és uma noite emotiva, um estar convosco e sentir-me tão bem. Tu és grandes músicas a tocarem e nós a dançar como se o tempo não passasse por nós. Tu és um sussurrar e chegar a conclusões ao pé de uma casa-de-banho. Tu és acreditar em sinais, e saber que eles existem mesmo. Tu és isto tudo e tudo o que ainda falta. Tu és assim. Tu és um bom dia.



A nossa é ainda mais bonita que esta !


Iz



sábado, 5 de março de 2011

Short Message Service

É incrível o que uma aplicação do telemóvel significa. Quase como num anúncio se pode dizer "um só serviço, tantos significados".
As mensagens reinam no mundo de hoje, toda a gente as manda, toda a gente as lê. Até a minha avó passa agora horas a mandar mensagens às suas sobrinhas, nem que seja para comentar a chuva de granizo que aconteceu há pouco...
Acontece que as mensagens trazem com elas emoções e não só simples texto. Transportam poemas, dedicatórias, ofensas, e maior parte das vezes todas as coisas que as pessoas não têm coragem de dizer na cara! Enfim, hoje pressenti que precisavas de mim. O que fiz? Mandei uma sms. Não para dizer uma coisa extraordinário, apenas para concretizares o que já sabes, que estou sempre aqui sempre, no matter what!
É uma forma de comunicação de tal maneira viciante, que quando não a usas logo vem o comentário "Podias, pelo menos, mandar sms". Não mandar mensagens não significa que não me lembre dessa pessoa, que não sofra por ela estar ausente, como é o caso da Fifas. Nem me lembro da última vez que lhe mandei mensagem, mas todos os dias, sempre que vou a caminho da escola, o coração aperta por saber que ela não vai lá estar para gozar comigo nem afirmar que daqui a não muito tempo me vai empregar em casa dela como  empregado doméstico! Sim, se calhar devia mandar mensagem... Mas se pensarmos bem, será um pequeno número de caracteres que define o quanto se gosta de uma pessoa? Não deveria, mas neste momento sim! É a uma pequena frase, com smiles a acompanhar, que nos agarramos e realmente percebemos que aquilo em que estamos a pensar é verdade. Não é ridículo o poder que uma coisa tão insignificante tem?
Para já não falar de que as sms são poderosas vias de flirt! Basta aparecer no meio de um textinho provocatório um " =P " que já se começam a criar as borboletas na barriga. Mensagem atrás de mensagem, quando dás por ti, já passaram horas, e sempre a falar com a mesma pessoa (se bem que o flirt pode ser dirigido a várias ao mesmo tempo =P)! Acontece comigo, acontece contigo, acontece com todos! E o que mais aborrece nisto tudo, é que por vezes passamos horas e horas à espera de que o telemóvel vibre e mostre "uma nova sms". E se isso não acontece ficas com sensação de solidão, de que a vida está a jogar no campo e que tu, sem razão aparente, ficaste no banco e nem sequer para o aquecimento foste necessário! Então stressas-te, ficas aborrecido, tudo porque ninguém te enviou o tal conjunto de caracteres! Raio das mensagens! Têm mesmo importância. Então se calhar sim, tenho mesmo de começar a mandar mensagens às pessoas todas de quem sinto falta! É melhor começar já!
Será esta uma ferramenta útil de comunicação, ou um vício que, sendo insignificante, condiciona tanto os estados de alma?
Com uma mensagem eu consigo fazer chorar, fazer rir às gargalhadas, criar saudade, despoletar ódio, marcar encontros, mandar avisos e para tag's, moche's  extravaganza's tudo à borla!


Tudo isto num pequena sms.

Du

Mascarado

Para ti não deve haver diferença entre o Carnaval e o resto do ano, todos os outros 360 dias. Isto porque andas mascarado todos os dias, andas encoberto do que não és. Não sei, mas deve ser difícil carregar sempre esse fardo contigo. Não teres ninguém com quem podes ser  verdadeiro, com quem podes ser real, com quem podes contar e desmanchar todas essas peças que trazes de anos atrás. Antes tinhas-me, quando querias e do jeito que querias, e comigo não havia capas nem montanhas russas para encobrir aquilo que fosse. Não tinhas necessidade de te fazer mais do que eras, porque sabias que eu percebia que te sentias sozinho, e que todo esse circo à tua volta, não era mais que um motivo para não chorares e dizeres que gostavas que fosse tudo tão diferente. Mesmo que tentasses não havia uma única coisa que me conseguisses esconder, não havia nada que me escapasse.
Entretanto o tempo passa e tu ficaste amargurado, não sei se comigo, se com a vida, se contigo mesmo, mas quero-te dizer que não estás certo, que podias voltar a ter metade do que tinhas, podias voltar a ter um brilho nos olhos e um sorriso verdadeiro, não essa máscara que fazes questão de mostrar quando agora te encontras perto de mim. Esse peso que carregas sempre contigo, será que não entendes que era a única pessoa que era capaz de te invadir sem te magoar, sem te deixar, sem deixar de gostar de quem verdadeiramente és. Sim, porque realmente sempre foi isso que nos definiu. Eu gostava de ti, de ti mesmo, e não dessa personagem que montas para todos à tua volta. Tu já nem te deves conhecer, já te deves ter perdido algures em todas as histórias que inventas, de mil e uma noites. Até isso eu ainda percebo, incrível, mesmo quando mudaste tanto, mesmo quando finges, e mentes e exageras.
Não sei se te sentes melhor assim ou não, mas realmente a vida deve-te saber a pouco quando não tens espaço para te encontrares e saberes quem és, nem pessoas com quem possas ser tu.
Isto tudo porque ainda há músicas que fazem questão de me atormentar nos dias errados. Eu continuo igual, continuo a acreditar em sinais e em ligações que estão destinadas a acontecer. E eu, apesar de saber que estou bem, sei que tu não estás. Nunca estiveste, e também sei quando estarás. Mas isso já não faz parte do meu departamento, já é teu, já serias tu a ter de, a fazer com que, a querer que. E por isso fico por aqui, fica só a esperança de, tal como diziam as mensagens.


Iz

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Gastar amor

Não vou definir amor. Sei o que é, e acredito que todos sabemos, e acredito também que todas as definições sejam diferentes e igualmente correctas. Aliás, amor, de qualquer tipo que seja, não cabe numa definição, não se suprime a palavras e não cabe em três linhas. Cabe em pessoas, cabe em corações, cabe em memórias.
E o problema, ou a questão, é que agora toda a gente se julga muito sabedor de amor. Toda a gente ama, toda a gente diz amar toda a gente. Ama-se o pai, a mãe, o amigo, a amiga, o conhecido de meses, o conhecido de minutos, e até o rapaz giro do terceiro andar. Já para não falar nos namorados, que esse sim é o cerne da questão. Amamos, ou dizemos amar, o primeiro, o segundo, o terceiro e até o quarto, mas com o passar do tempo vemos que é diferente. Não sei se o sentimento, se nós, se a perspectiva, mas há alguma coisa que muda. O amor gasta-se. Perde-se nas paixões no básico que duram anos, que faziam saltar o coração descontroladamente, que nos faziam sentir estarrecidas e completamente petrificadas na presença de outrém. E entenda-se por isto, paixões não correspondidas. Porque eu ainda sou do tempo em que ninguém com treze anos namorava com ninguém, ninguém dava beijinhos na boca, havia simplesmente paixões ardentes que nunca davam em namoro de praça pública. E era aí que o amor se gastava, era aí que faziamos tudo por alguém, era aí que eramos pisadas e repisadas sem sequer nos importarmos com isso. E até sabia bem, até trazia emoção. Era um jogo de gato e rato sem fim, que se arrastava indefinidamente sem nunca perder a piada, sem nunca mudar. Hoje gostas tu, amanhã gosto eu, e vamos andar assim até percebermos que somos grandes e temos de namorar. Ou não.
Entretanto o tempo passa e aparece a palavra crescer, e saltitar com luzes néon e que nos obriga a dar um salto, seja ele qual for, e que de uma forma ou de outra nos muda. E aí sim, as regras do jogo mudam. As paixões lindas e maravilhosas de todos os dias, passam a namoros de meses, a emoções rotineiras, a frases feitas e a sentimentos encurralados. Há uma barreira. Percebemos que o que sentimos antes não queremos ou não nos deixamos sentir de novo, não há espaço para um novo tu. Não, porque os tu's do passado ainda ocupam, ainda os carregamos às costas e muitas vezes no coração. Ainda sonhamos, ainda queremos, ainda sentimos. E por isso é que o coração já não salta, já não nos sentimos bem com uma carta escrita ou com um ursinho de peluche. Porque isso era antes, e o antes não deu resultado, não o resultado que nós queríamos. E isso não faz de nós más pessoas, não nos torna frias, torna-nos reais. Porque sabemos que o amor não é uma nuvem cor-de-rosa numa linda tarde de Verão. Nuvens cor-de-rosas não existem e agora no Verão às vezes chove e faz frio. Por isso não me venham com histórias do amor é para sempre e quero casar contigo, porque isso para mim são balelas e amores de gente imatura. Não que não tenha sido assim também, e que não tenha gostado, adorei, mas não se concretizou e o sempre tornou-se numa bola de orgulho, ora não falo eu, ora não falas tu, ora não fala ninguém e eu sou melhor que tu e tenho mais namorados. Mas isso são outras conversas.
O amor está gasto, foi gasto por anos e anos que apesar de não serem em vão, deixam uma certa pontinha de mágoa. Apetece reviver, mas fazer as coisas ao contrário. Apetece concretizar. E moral da história, precisamos de ser libertar, de largar a corda, a enorme corda, que ainda nos prende ao passado, que nos prende ao tu ou aos tu's que existiram, e que ainda hoje nos fazem comportar de uma certa forma, quer face a eles que face aos que se encontram connosco no presente. Porque enquanto essa corda existir, o coração não vai saltar, não vai haver emoções, não vamos sentir necessidade de usar o amor. Temos de aprender e interiorizar duma vez por todas, que os tu's antigos não vão existir mais, e o que fizemos e sentimos não vai ser novamente repetido, eles não vão voltar, não nos vão amar de novo, ou ainda que tenham uma pontinha de um sentimento qualquer, esse sentimento não vai ser revelado. Então o melhor a fazer é mesmo deixar entrar outro tu, que gosta de nós como somos, mudadas, frias ou amargas. Outro tu que obviamente vai ser diferente, mas ninguém é igual a ninguém e nós também não somos iguais. Temos de aprender a lidar com isso, temos de aceitá-lo e deixar, duma vez por todas, de complicar tudo porque a, b, c ou d é que era bom e tu agora és mau e não gosto de ti como gostava de outrém. Gosto de ti sim, adoro-te, amo-te e és tudo o que posso querer em alguém. Estas sim são as palavras a reter.


E é isto basicamente, é tudo muito simples, acreditem.
Just deal with it.


Iz

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Promiscuous girl

Promíscuo
adj. Que tem o caráter da promiscuidade; misturado; agregado confusamente; sem ordem nem distinção: reunião promíscua.


Promiscuidade
s.f. Convivência chocante de pessoas de sexo diferente e de condições sociais diversas; mistura confusa e desordenada de seres no mesmo ambiente; heterogeneidade.






Peço imensa desculpa se a-doro sair à noite de vestido e de saltos altos.
Peço imensa desculpa se para mim promíscuidade não é necessariamente uma coisa má. Não tem de ser obrigatoriamente visto como uma conotação negativa. Aliás, por vezes e em determinadas situações pode até ser bastante positivo.
O problema, o grande problema, é que a muitas meninas, falta o sal e até a pimenta, e por isso é que o seu real, o seu pequeno real, não passa de sonhos, com algodão doce e nuvens cor-de-rosa. Quanto a mim, sempre preferi os sonhos verdes, e aprendi e sei que os sonhos não passam de sonhos se não fizermos o que quer que seja para os tornarmos reais. E não me importo de os tornar reais, de me sentir bem, mesmo que isso pareça destacar-me da restante multidão. Porque sabem, at the end of the day, destaque é uma coisa boa.
Já tive a minha parte de sonhar e ver o real a passar ao longe, como que em segundo plano. E agora segundo plano não existe anymore. Gosto de primeiro plano, gosto de viver, gosto de aproveitar. Um bocadinho carpediem, que tanta gente gosta de enunciar mas que nem sempre cumprem. And you know what, isso não faz de mim uma devassa, uma pecadora, uma promíscua, o que lhe queiram chamar. Faz de mim uma pessoa feliz, e que atinge o que me apetece atingir. E até agora tem-me corrido tudo pretty well.
Quanto a vocês, acho muito bem que continuem a olhar à volta e a achar que é tudo promíscuo, quais meretrizes do tempo da monarquia, e vejam a vossa linda adolescência a passar despercebida, e digam-lhe adeus por mim.
E não estou nem aí se vocês ainda saem à noite de ténis e camisolas de gola alta, porque eu já não, e a mim parece-me muito bem.




p.s.: I really don't know what's in your mind, but dreaming is not my thing anymore. I like to make it happen. And you will realise that you need to upgrade too.


Iz

és - me

"Tu olhas para uma pessoa, uma pessoa que sabes que não é uma pessoa qualquer, porque o teu olhar fixa-se nela e quando ela olha para ti e sente o mesmo que tu, sentes que alguma coisa vai acontecer. Não sabes nada ainda, mas intuis, intuis com os teus sentidos, com o teu corpo e às vezes com o teu coração que aquela pessoa pode ter qualquer coisa para te dar, que não sabes o que é, mas sabes que um dia vais descobrir e que esse dia pode ser nesse momento, e é então que tiras os dados do bolso e os lanças para cima da mesa.
Quando nos interessamos por alguém, nunca sabemos no que vai dar. Lançamos os dados como quem os deixa cair quase por acaso e muitas vezes nem queremos saber quanto deram: um e um, dois e quatro, três e três, cinco e dois, é sempre um mistério, porque a sorte também manda na vida, manda mais do que queríamos e menos do que gostávamos, por isso desconfiamos dela sempre que nos é favorável, mas aceitamos as suas traições como a ordem natural das coisas, por mais absurdas que sejam.
Os dados caíram quando levantaste o copo e eu vi no chão seis e seis, vi-te a apanhar os dados e a rir, ouvi a tua voz e quando começámos a conversar, percebi que os dados estavam certos.
Gostamos de tudo um no outro; eu gosto da tua casa, da tua música, da tua forma desligada de olhar para o mundo, tardes inteiras a repetir em stereo os melhores sketches do Gato Fedorento, os passeios à beira mar de camisola de lã com capuz, as polaroids com legendas e a forma como te divertes com tudo o que te rodeia. E tu gostas da minha alegria de viver, do meu sarcasmo cirúrgico, de dizer sempre tudo o que penso, sinto e quero, mesmo quando não estás preparado para me ouvir.
Eu gosto de te conhecer e de te perceber, porque és diferente dos outros homens e tu gostas que eu te entenda melhor do que as todas as mulheres. E gostamos de estar um com o outro; à mesa, em casa, com amigos, sem amigos, com sono, sem sono, mas sempre perto quando estamos perto, mesmo que fiquemos longe quando nos afastamos.
Acredito que todos temos direito a ter sorte e que, quando alguém aparece na nossa vida de repente, ou é porque nos vai fazer bem ou é porque nos pode fazer mal. E eu vi-te com bons olhos desde o primeiro momento, achei que me ias ajudar a limpar a tristeza, que a tua presença quase imperceptível na minha vida seria como um bálsamo, uma música perfeita e harmoniosa, um dia ao sol, ou uma noite em branco, daquelas que nos fazem pensar que a vida está cheia de surpresas boas e que vale mesmo a pena estar vivo, só para as saborear.
Tu foste e és tudo isto, e ainda mais agora, que somos amigos; entre nós não há pesos nem amarras e o silêncio não quer dizer ausência, apesar da ausência reinar nos nossos dias.
Quando lançamos os dados, nunca sabemos no que vai dar; tu podias ser um assassino encapotado e eu uma neurótica disfarçada, mas tivemos sorte, porque somos duas pessoas normais, com coração, e dois ou três princípios que nos fazem estar bem com a vida e com os outros.
Só tenho pena de não ser dona do tempo, porque houve momentos que, se pudesse, teria vivido mais vezes ou mais devagar, como quem saboreia um chá de menta, ao fim da tarde, no largo da Igreja a ouvir os sinos. E como escrever é a melhor forma de falar sem ser interrompido, digo-te agora e sem rodeios, fica comigo mais uma vez, vem rir do mundo e adormecer nos meus braços, abrir o teu coração e sonhar acordado, vem ter comigo hoje, porque eu quero lançar outra vez os dados e aposto que vai dar seis e seis outra vez, porque os dados nunca se enganam e a amizade é o amor sem preço e sem prazo de validade."
 
 
Iz

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

          "...quando o caminho atrás de ti é mais comprido do que o que tens à tua frente, vês uma coisa que nunca tinhas visto antes: o caminho que percorreste não era a direito mas cheio de encruzilhadas, a cada passo havia uma seta que apontava para uma direcção diferente; dali partia um atalho, de acolá um carreiro cheio de ervas que se perdia nos bosques. Alguns desses desvios fizeste-os sem te aperceberes, outros nem sequer os viste; não sabes se os que não fizeste te levariam a um lugar melhor ou pior; não sabes, mas sentes pena. Podias fazer uma coisa e não fizeste, voltaste para trás em vez de seguir em frente.

E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar."


Iz


sábado, 12 de fevereiro de 2011

:)


Damn you, I hate you.

As a matter of fact, you don't mean a thing to me, not anymore, not a long time ago. I'm soo fine, I'm soo great, I'm soo over you, and I know I have every single thing better than you, so I really don't care if you give a shit.



But damn you, I miss you soo much.
And I really want you to care as much as I do.

Iz


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Dream land


Where the grass is grener and the sky is always blue.
It goes on forever an ever, but there is always room for two.


Iz

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Linha

   Há uma linha que separa o que eu quero hoje, do que eu quero amanhã. Uma linha que distingue o que ontem era fixe, do que hoje é foleiro. O que hoje é moda, do que amanhã é História.
   Há uma linha que separa o que eu procuro, do que eu encontro - basta pedir-lhe com as palavras certas. Uma linha que separa o que eu não perco tempo, daquilo a que me dedico horas, semanas, meses e anos da minha vida que grava na memória aquilo que eu gravo no coração. 
   Há uma linha que separa o que eu gosto do que eu não gosto. E eu ainda não sei do que é que gosto amanhã.

                                
Há uma linha que me compreende!